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  • Chico Nogueira

    “Existe o oceano. Quando duas ondas se encontram e um pouco de água salta pra fora… A música é isso. É a água que salta pra fora do oceano. É o momento em que aquilo tudo que a gente tem dentro de si, sai do grande mar das coisas.”

    Entrevista com o músico Chico Nogueira, morador do Guará-DF.

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  • Reinaldo Cordeiro

    “Se eu fosse uma música, seria ‘Tocando em frente’. (…) Essa composição do Renato Teixeira e do Almir Sater mostra que cada um compõe a sua história, cada um escreve o seu livro da vida. Todos nós nascemos com um livro em branco. Eu é que escrevo a minha história.”

    Entrevista com o violeiro Reinaldo Cordeiro, morador de Vicente Pires-DF.

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  • Tião Violeiro

    “Chamavam de Os três batutas do sertão: Raul Torres, Florêncio e Nininho. Eu morava na roça, dez anos de idade, meu avô mandava ligar o rádio pra pegar os caipiras de madrugada. Programa do Nhô Zé, falava: ‘vamo levantá, carçá o botinão, tomá o café reforçado e vamo trabaiá!’ O galo começava a cantar… Isso é memória também, memória de menino.”

    Entrevista com Tião Violeiro, músico e mestre de obra, morador de Taguatinga-DF.

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  • Wellington Assis

    “Um conselho para aprender viola? Paciência, tranquilidade. Existe um ditado muito legal no meio caipira: ‘é o tempo que cura o queijo’. Daqui a pouco vão inventar uma máquina que já coalha o leite, prensa e cura na hora. (…) Mas até então, é o tempo que vai curar o queijo, não tem jeito.”

    Entrevista com o músico e professor Wellington Assis, morador de Taguatinga-DF.

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  • Claudivan Santiago

    “A viola é o instrumento que simboliza o Brasil.”

    Entrevista com o músico Claudivan Santiago, morador do Guará-DF.

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  • Gustavo Neto

    “Se você tem alguma resistência em relação à viola, não toque. Porque a viola te hipnotiza.”

    Entrevista com o músico e professor Gustavo Neto, morador de Taguatinga-DF.

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  • Mariana Mesquita

    “Gosto de conviver com a diversidade. Tenho um avô gaúcho, um avô mineiro, um pai carioca… Aprendo muito com isso, de estar aberta a ouvir os diferentes sotaques. Percebo que as pessoas de Taguatinga têm um sotaque diferente do Plano Piloto. (…) Já está criando uma cultura, acho isso muito legal.”

    Entrevista com Mariana Mesquita, professora de música e servidora pública, moradora de Águas Claras-DF.

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  • Juca Violeiro e Wellington Abreu

    “Às vezes, você vai dormir com a viola, vai viajar com a viola, vai ficar com ela mais tempo do que ficaria com qualquer outra coisa. E a partir do momento que você entender isso, que ela é parte de você, aí você passa a ser um violeiro. Até lá, não.”

    Entrevista com o músico Juca Violeiro e com a participação especial do ator e músico Wellington Abreu, moradores de Águas Claras-DF.

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  • Fabio Pozzebom

    “Polenta com mungunzá e pamonha… O que é Brasília? É isso. É você colocar no mesmo prato as três coisas e mandar bala!”

    Entrevista com Fabio Pozzebom, músico e repórter fotográfico, morador do Guará-DF.

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  • Domingos de Salvi

    “Memória é a tecnologia de reinvenção de si próprio.”

    Entrevista com o músico, professor e pesquisador Domingos de Salvi, morador do Guará-DF.

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  • Sousa Coelho

    “É unanimidade que a construção de um bom instrumento vem a partir da escolha de uma boa madeira. Uma madeira de qualidade, uma madeira já estabilizada. Madeira verde nem pensar…”

    Entrevista com Sousa Coelho, luthier e militar, morador de Águas Claras-DF.

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  • Macedo e Mariano

    “Quando é de tardezinha, o quintal pra capinar
    Tapioca, leite e café, pois eu prefiro é merendar
    E na viola nós emenda, um pagode pra esquentar
    E aí a patroa estranha, um beijo meu ela ganha
    E assim eu vou vivendo: na manha da ariranha
    Na manha da ariranha, na manha da ariranha…”

    Entrevista com a dupla Macedo e Mariano, moradores de Vicente Pires-DF.

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  • Roberto Corrêa

    “Muitas vezes, quando eu toco viola, as pessoas falam:
    viola dá uma saudade de não sei o quê.”

    Entrevista com o músico, professor e pesquisador Roberto Nunes Corrêa, morador de Brasília-DF.

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  • Zé Mulato e Cassiano

    “Foram modernizando tanto, modificando tanto…
    Que nós ficamos diferentes só por continuar no que era.”

    (Zé Mulato)

     

    “O povo tem uma visão errada do caipira.
    Nós é caipira, mas nós não é besta não sô!”

    (Cassiano)

    Entrevista com os músicos José das Dores Fernandes (Zé Mulato) e João Monteiro da Costa Neto (Cassiano), irmãos que formam a dupla Zé Mulato e Cassiano. Moradores de Taguatinga-DF.

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  • Donzílio Luiz

    “Cantina de Zé Nicolau, primeiro ponto de cantoria de Brasília. Isso não é dito por mim, é por todos que conhecem da história. Primeiro ponto de cantoria de Brasília: cantina de Zé Nicolau. Sabe onde ficava? Nem vai saber nunca mais. Não vai conhecer nunca mais, porque não existe mais: Vila Amaury, que o Lago Paranoá cobriu.”

    Entrevista com o repentista e escritor Donzílio Luiz de Oliveira, morador de Ceilândia-DF.

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  • Zé Moacir

    “A memória é a arma fundamental do repentista.”

    Entrevista com o repentista José Moacir de Souza (Zé Moacir) morador de Ceilândia-DF.

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  • Pedro Vaz

    “A memória é o que nos faz ser, não é? A gente é o que é pelas nossas memórias também. Porque através delas é que a gente caminha no mundo, ou na arte, ou na vida pessoal. Em qualquer circunstância, o que você tem pra ver o mundo é o que você traz dentro de você, que é a sua memória. E um pouco de inspiração, intuição, que não está necessariamente ligado à memória. Mas as nossas memórias são as nossas cartas na manga, aquilo que a gente tem pra recorrer do que a gente sabe, do que a gente viveu, do que a gente conhece, do que a gente não conhece. Acho que é um pouco isso. Nossa parceira de ver o mundo, de viver no mundo, de fazer o mundo.”

    Entrevista com o musicista Pedro Vaz, morador de Brasília-DF.

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  • Aparício Ribeiro

    “A viola é feiticeira.
    Você escutou um batido desse aqui…

    Você fala:
    – É hoje!
    – É agora!
    – É amanhã!
    – É depois de amanhã!

    E pronto.
    Viva a viola!
    A viola é importante, não é mesmo?”

    Entrevista com o músico Aparício Ribeiro, morador de Taguatinga-DF.

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  • Cacai Nunes

    “O instrumento ganhou bastante nos últimos anos, muita gente nova estudando pra caramba. Essa coisa do choro é uma realidade que realmente amplia as possibilidades do instrumento. Não que tocar essencialmente choro vai ser fundamental, mas você entender um pouco dessa realidade do choro faz com que você toque vários tipos de música. Porque o choro é base pra muita música no Brasil. ”

    Entrevista com o músico Carlos Eduardo Nunes Pinheiro (Cacai Nunes), morador de Sobradinho-DF.

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  • João Santana

    “O nosso bioma chamado cerrado
    Tem paca, tatu e tem tamanduá
    Tem onça pintada, tem lobo guará
    Nascente bonita tem pra todo lado
    Ipê amarelo todo ornamentado
    Sombra de pequi pra se admirar
    E no tempo da seca começa a queimar
    Que os tolos não têm mínimo coração
    E o verde se torna cinzas sobre o chão
    Nos dez de galope da beira do mar.”

    Entrevista com o cantador repentista João Santana Mauger, morador de Lago Norte-DF.

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  • Zitão

    “Alvorada é o começo, é a abertura da Folia.
    Antes de você alvorar uma Folia você não pode fazer um cantorio. Não pode fazer um cantorio sem alvorar a bandeira. Então, depois que alvora você pode fazer qualquer obrigação, fazer um cantorio, fazer uma saudação de cruzeiro e de altar, passar dentro de qualquer uma igreja…
    Mas, antes disso, sem alvorar não é possível.”

    Entrevista com o guia de Folia Manuel Araújo de Souza (Zitão), morador de Planaltina-DF.

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  • Chico de Assis

    “Eu simulava muito na roça: colocava minha enxada em pé, colocava o meu chapéu na enxada… E fazia um verso por mim e um verso pela enxada, como se fosse outro cantador. E eu dava um nome e ficava fazendo essa viagem, como se estivesse cantando com alguém. Às vezes, até a voz eu mudava…”

    Entrevista com o repentista, cordelista, produtor cultural e arte educador Francisco de Assis Silva (Chico de Assis), morador de Ceilândia-DF.

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  • Joaquim de Felipe

    “[Antigamente],
    mulher não podia participar,
    mulher não podia dançar Catira,
    mulher não podia cantar – que os antigos não aceitavam.
    Era só os homens.
    E inclusive eram só os homens mais velhos,
    porque não tinha oportunidade de os novos aprenderem.
    Por isso que os foliões acabaram, foi acabando…”

    Entrevista com o guia de Folia Joaquim Luís de Sousa (Joaquim de Felipe), morador de Planaltina-DF.

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